Penumbra...
Um sax.
Uma mulher
Ela entra.
Vazia
os pés descalços
os cabelos molhados
a mulher chove
lá fora
da janela
Vazia
a água escorre
um whisky na mão
Não.
Um cigarro, então.
Um sax toca
um vazio
Um microfone
Uma mulher...
Uma boca rósea, molhada, estúpida, tange ao microfone
Se esforça para o sussurro...
Oi, alow, oi
Tá quebrado?
Eu...
Tá quebrado.
Eu to quebrada
Eu to partida
Eu to sem canto
Eu olho em cada canto da cidade e vejo
Eu to partida
Em cada pedaço da cidade um canto meu
Um canto meu
To de...
Partida
Em cada sopro
eu
Em cada canto
da cidade
Um eu
ressoa
Um som
Um sax soa
Sempre sola
Um sax só
Quando esse nó no amor toca
Um sax chora
Quem nunca sentiu um sax solando baixinho assim?
aaaaa lê... essa poesia do sax. quanta poesia pra me alimentar! a do carolina tbm... nossa primeira escola da vida!
ResponderExcluirvc disse belamente pra mim mais cedo: "bom saber q o q eu sinto se transforma em palavra e depois se torna sensação em alguem de novo"
gosto tanto de enxergar o mundo através do seu olhar e transformar o meu em tantos outros significados emprestados! ♥ continue seguindo a sua poesia e abrindo novos sentidos e caminhos pras minhas!