Arte, porque a vida por si só não deu conta dela mesma





sexta-feira, 12 de julho de 2013

Um filme, um poema





















Eu ando assobiando
suspirando por aí
Chutando pedra portuguesa
Com uma certeza clara e branca
de que  sim
são as minhas prometidas flores
Isso que a vida traz
Olha tá tudo tão azul…
do céu ao mar
amar é
você meu jazz, meu blues
Eu ando rindo, uma beleza
Faça sol, chuva, que seja,
no meu peito você deita
e é assim que eu tenho paz
Sorrir agora nunca é demais
Eu não preciso de baseado nem  cerveja
você se enrosca aqui me beija
é tudo o que eu quero
teu esmero, teu desejo,
nossa bossa é meu ensejo
Eu ando assim por aí...
Ando deixando tudo
cheia de letra pra escrever
mas na minha poesia só quem vive é você
e não me importa
quero te ler entre os lençois
te ver entrar pela minha porta
e me amar e rimar e remar sobre mim
ando querendo seu cheiro acomodado na minha pele
meu lábio no seu peito no meu bate mais forte
pode ser que sejá só sorte mas
palavra após palavra
aposto que é o amor
que a vida tão certa jogou
e acertou em nós
Quero te ler nos meus lençois
ouvir você tocando em mim
Eu ando assim.. por aí…
Você desenha no meu corpo uma letra,
um poema
Parece até romance de cinema
E mesmo que dispare um alarme,
que o medo todo me trema
Que hora e meia tudo se acabe
Ando pensando que esse filme vale a pena
Ando dançando descalça na calçada
E uma caixa de música que não pára
de tocar aqui dentro
Ando sem lenço, sem  senso
sentindo gosto do vento
ando vendo cores, sabores
deitando e rolando em berço de glória e prazer
tenho tanta coisa pra fazer
ando deixando tudo
É que tudo o que tenho são palavras pra você
Quero te deixar morar em mim
Ando assim por aí

sexta-feira, 5 de julho de 2013

POEMA PRUM DESPERTADOR


Ai sabiá...
Que que é que há?
que assobio mais lindo,
me pegou na esquina
Já lágrima, já indo...
Assobio mais lindo de amar!
Oh o sorriso, pega ali, oh! tá fugindo!
Partindo esse en(canto) de mim.
Ai!  Seu bico bateu com meu e plim!
Ah, sabiá...
Ai, que quase  minguo, mas você me alecrim!
Ah, sabiá...
Que que é que há?
que cada dia mais?
Mais sol nas minhas esquinas
Cada dia mais rima,
mas muito, mais tanto, mais cantos.
Mais eu canto à toa.
Passarinha voa, borboleta!
Ou é leoa no céu, desenhada à pincel?
Que nem nuvem passageira...
Não fala besteira!
Ô! Que que é que há?
É Scorpio e Aquarius sem fel
Noite imensa de estrela
Até coelho tem na lua inteira!
Lua que tá sempre lá
mesmo quando não tá
Ah, sabiá... A lua!
Ela beija devagar seu sono se me abraçar.
De repente até o dia.
De repente até arraiá!
Dança comigo?
Brinca de sertão serpente
Olha a cobra!
De noivinho, de casar!
Brincadeira inocente se desdobra
Olha a chuva, sabiá!
Brincadeira água com açúcar,
sem aguardente, sabiá!
Ah, sabiá...
Que que é que há?
Ai!
Que assobio!
Que arrepio!
Sabiá me cantou me ganhou
Que delícia despertar!
Assobia de(novo), sabiá?

segunda-feira, 1 de julho de 2013

PORTA DE ENTRADA

Que seja doce
que seja leve
mesmo que vento
mesmo que breve
O que a vida trouxe
Que o amor carregue
Esse ar de moça
Um sorriso te escreve

Alegre agora a verve
Ferve, maré mais que linda
Ela, que não se sabe infinda
Bem vinda, sim! Ela vem!
E quando vai me deixa bem.

Bem aqui.
Sem medo mergulho
Bem aqui.
Sem esmo borbulho
Bem aqui.
Feito feitiço no peito
Bem em mim,

tiro do seio uma flor
Bem lasciva sim

Te entrego um segredo:

já sou teu enredo sem fim
sem começo sem meio, vem!

Bem pra mim!
Vem que te faço bem
Que me faço Colombina
Que te faço Arlequim
Bem assim

Bem....
Não há mais jeito
Minha caixa de pandora?
Abras!
Deixo em ti um convite,
um confeito, aceitas?
Te dou meu leito de palavras.