Arte, porque a vida por si só não deu conta dela mesma





terça-feira, 24 de abril de 2012

Olhe dentro do fora

Olhar pro outro e tentar enxergá-lo realmente, e mais, tentar sentí-lo de fato, fica cada vez mais escasso: estamos viciados em nós mesmos.

Arrotamos conceitos e palavras feitas, falamos daquilo que achamos que sabemos, elocubramos como nos convém e discorremos somente e sabiamente sobre nós mesmos quando, dissimulados, estamos falando de qualquer vida, de qualquer outro, de qualquer planta. Só assim nos protegemos do cerne dos instantes, só assim nos mantemos ilesos na superfície, só assim podemos ficar sob a ótica topográfica e soberana da cena.

Vendo tudo sempre a partir das mesmas perspectivas, usando sempre as mesmas respostas. Inclusive quando o que se necessita é só silêncio.
É tentador se impor aos instantes.
Recebê-los é uma arte pra poucos.











domingo, 22 de abril de 2012

Te Juro!



EU TE DAREI O CÉU!
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MAS SÓ NA SEMANA QUE VEM

NESSA EU JÁ TENHO MUITA ENTREGA AGENDADA!

segunda-feira, 16 de abril de 2012

A(mar) de Rosas

Nos meus sonhos eu ia a beira do rio
Agora, só a mar
Ao fundo
Nao sei porque...nao tenho medo
Agora, me confundo
Nunca gostei de superficie, de fazer planos nem planicies. Morro um pouco a cada dia. Desço, subo e salto!
O mundo profundo me bebe me engole
Eu sou um submundo imundo de restos de rosas.
Entrega e mergulho em verso em prosa.
Eu so deep assim.
O vermelho e os espinhos ja se tornaram
                                                               parte de mim



Principio

Entrelacamos as maos.
Eu e ele.
Precipito-me
E num salto.
Precipicio-me.
E no primeiro ato eu mato todo o fato.
Era so o principio
E eu.
Sempre gostei de historias de morte por amor.
Gosto do gosto nefasto que tem nosso beijo nao dado.

domingo, 15 de abril de 2012

Hospedagem

Vem?
Vem mais?
Entra.
Vai fundo.
Pode vir.
Vem de novo, vai.
Volta.
Vai e volta.
Vai e volta.
Vai e volta.
Volta.
Volta.
Volta.
Volta, vai.
Dá uma volta e vai.
Vai vem vai.
Vai. vai vai.
Volta mais.
Fica?
Eu deixo você se hospedar em mim.

Penetracao

Me jogou num canto, entrou tanto que me abismou.

Usadia

Como ousa me
entrar
entrecortar
intracortar
e ir embora assim tao cedo
sem nem provar meu sangue doce amargo azedo?

sábado, 14 de abril de 2012

Olhos vagos, abre a porta?

Enquanto isso seus olhos vagueiam perdidos por aí
Por todo e qualquer lugar.
Puro medo de amar de novo.
Enquanto isso seu coração oco vagueia perdido por aí
Por todo e qualquer lugar
Puro medo de amar o novo
Enquanto isso suas palavras vagueiam lancinantes e desabrigadas por aqui
Por esse insípido inóspito insólito lugar
Puro amor ao medo tolo de deixar o moço entrar.
Asshole!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Tão Sylvia.

90 minutos e...

 estou não um pouco mas tão muito ela.

Tão escorpionina...
tão desfeita, tão refeita, rarefeita, tão suspeita
de uma vida breve.

Não tão leve, não tão viva, não tão mesma,
não tão só não tão sã tão não então.

Tão lua, tão orfã, tão cálida,
tão eterna, tão aversa, tão amarga,
tão outono tão oca tão nada.

Estou Sylvia Plath.


elA


Efeito Sylvia Plath
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Efeito Sylvia Plath é um termo cunhado pelo psicólogo James C. Kaufman, em 2001
para se referir ao fenômeno de que escritores criativos são mais suscetíveis a doença mental
O trabalho de Kaufman demonstra que poetas mulheres tendem a sofrer alguma doença mental
 mais do que qualquer outra classe de escritores.[1] 
Este estudo tem sido discutido em muitas publicações internacionais, inclusive o New York Times[2]
sendo consistente com outras pesquisas psicológicas.[3]
O efeito foi nomeada a partir da poetisa americana Sylvia Plath, que cometeu suicídio aos trinta anos de idade.

segunda-feira, 2 de abril de 2012



Metade dela é saudade.


Afago


e só o que eu queria agora era 

um daqueles instantes imóveis
em que eu  deixava repousar minha lágrima cansada

no silêncio do seu peito.


que no meu 
trago no tempo
só fumaça

descanço a cinza no cinzeiro


 trago no tempo
a pele escassa.


sopro
desta graça desfeita
só fumaça


só fumo 
só sumo
fumaça


só faça
 sofá
só peito
qualquer leito
 me escapa


me deito
me trago
me fumo 
me sumo
fumaça 


a graça é que depois tudo passa.


afago no tempo
só mais um trago
e eu apago.





Abstrato-me em você.

Despida

estou atravessada por uma coisa que não tem nome
vestida de você por dentro 
das suas palavras
dos seus ecos
não preciso de acessórios então














*Poema escrito num agora que passou faz j'já um tempo. 
Ness futuro daquele agora, eu digo:
Valeu a pena. Muito.