Ai que medo desse pequeno conto
do ponto em que todo esse tanto
vai desandar o encontro o encanto
não quero vela nem pranto só canto
Canta, sabiá!
Canta um poema num canto de mim!
Canta que eu vou versando assim,
meio borboleta, meio querubim,
sinto no peito a flor do beijo
feito assobio de sabiá afim
Canta, sabiá!
Canta um poema no canto de mim!
O eco de quero-quero quero sim
Encanta um verso um alento entoa
Que esse vento não passa à toa
Ressoa na beira de minh'alma enfim
Canta, sabiá!
Canta um poema num canto de mim
Que borboleta-passarinha voa
num canto teu pirilimpimpim
Arte, porque a vida por si só não deu conta dela mesma
quinta-feira, 27 de junho de 2013
quarta-feira, 26 de junho de 2013
SUSSURO AO PÉ DA SUA LETRA
,e que agora você é meu amor de contexto. Vou te amar durante um texto e prometo saltar na próxima vírgula e sempre fugir do ponto final. Assim se lembre: eu só dobrarei a esquina, sem que meu coração te queira mal. Mas se antes disso, se apressar o ponto do fim, prometo acenar e embarcar no primeiro navio ônibus taxi carruagem que me soprar pra longe daqui. Prometo sonhar durante a viagem que te encontro logo ali. No pensamento, não pago passagem, e feito miragem te deixo morar em mim. Menino da fronte roubada, anjo pintado, minha maré sem fim. Pra sempre eu vou,
A FLOR DA PELE - ou Poema Oração II
Cortesã ou bailarina
Oyá, boneca, pomba-gira
borrão preto ou magia
Tanta coisa você vira
Dependendo de quem vem
Dependendo de quem mira
Dependendo de quem mira
Pouco vale o que seja
o que eu desejo ou outro veja
Só te sirvo esse poema
e te peço, me proteja
Pra que eu possa ir além
anjo pintado a flor da pele,
aqui te tenho te verso
rezo rogo peço:
Me conduz, moça de luz?
Não importa o teu rosto
nome o quê de onde ou quem
Daqui me pouso em teu sussurro
soprado o canto (feitiço) do céu
ao pé do meu ouvido amém!
segunda-feira, 24 de junho de 2013
POEMA DE AREIA
AREIA NO POTE DE VIDRO
os dias passam
v a z i o s
e você
...
os minutos ficam
cada
vez
mais
d i s t a n t e s
as horas desnudas
se constrangem
se sentam
se sentem
frias
e ao meu lado dizem macia e paulatinamente:
a espera áspera e austera
verá
a sábia ampulheta
vira verá que virá ei de vê-la virar há de vir dar o ar
da graça
e o sorriso aberto dos braços prontos
para
en-
laçar
elA
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