Arte, porque a vida por si só não deu conta dela mesma





quinta-feira, 27 de junho de 2013

No poleiro

Ai que medo desse pequeno conto
do ponto em que todo esse tanto
vai desandar o encontro o encanto não quero vela nem pranto só canto

Canta, sabiá! Canta um poema num canto de mim!

Canta que eu vou versando assim, 

meio borboleta, meio querubim, 

sinto no peito a flor do beijo
feito assobio de sabiá afim

Canta, sabiá!

Canta um poema no canto de mim!

O eco de quero-quero quero sim

Encanta um verso um alento entoa

Que esse vento não passa à toa Ressoa na beira de minh'alma enfim
Canta, sabiá!

Canta um poema num canto de mim Que borboleta-passarinha voa
num canto teu pirilimpimpim



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