Arte, porque a vida por si só não deu conta dela mesma
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
, pois em mim é o movimento lento da sua virada de cabeça. a voz doce à imagem da delicadeza dos fios finos rarefeitos claros cabelos desfeitos. a sua manha da manhã tardia. e toda parte da poesia que eu não poderia deixar ressoar em mim o eco. o eco. eco. eco. o eco ecoa ecoa ecoa escoa escoa escoa escorrega lá na saudade, deságua. cálida. calada. cada. dá? cá. e lá.
escorrega e esquece o rastro o resto o roxo os cacos o caos a mancha na pele da alma marcada. badalada do fim. relógio tardio. tragédia anunciada.
céu negro cântigo. sabiá virou corvo. passarinha perdeu asa. ora borboleta está lagarta. e eu com essa mania boba de plumar passado à nuvem branca, à lua cheia, cobertor de estrelas. essa mania de afago no afeto. afobada pra curar feto.
DEIXA GESTAR
(prosa-poética-continuação-do- verso-de-Gell Macedo)
escorrega e esquece o rastro o resto o roxo os cacos o caos a mancha na pele da alma marcada. badalada do fim. relógio tardio. tragédia anunciada.
céu negro cântigo. sabiá virou corvo. passarinha perdeu asa. ora borboleta está lagarta. e eu com essa mania boba de plumar passado à nuvem branca, à lua cheia, cobertor de estrelas. essa mania de afago no afeto. afobada pra curar feto.
DEIXA GESTAR
(prosa-poética-continuação-do-
Atônito
o tempo parado no meio do caos e dos cacos.
cuida pra não cortar por fora enquanto cata.
pena é a dor não caber na pá e ir ao lixo.
FLORES PARTIDAS
No meu quarto só caco
televisão lançada ao fel
sem power nem cor
desvario, vidros
dor e dó
sem tirar nem por
só pó e pedaços
da janela oca
um pé cortado
corpo caído
carne viva
moída em chamas
hematomas n'alma
o quadro é caos
a moldura, feia e bruta
ruiu na surra
depois, luto
pôs a perder até perdão
a porrada comeu o abraço
afiada no baço
mudo brado
tudo no chão
nada sobra
só sangra
amor quebrado
televisão lançada ao fel
sem power nem cor
desvario, vidros
dor e dó
sem tirar nem por
só pó e pedaços
da janela oca
um pé cortado
corpo caído
carne viva
moída em chamas
hematomas n'alma
o quadro é caos
a moldura, feia e bruta
ruiu na surra
depois, luto
pôs a perder até perdão
a porrada comeu o abraço
afiada no baço
mudo brado
tudo no chão
nada sobra
só sangra
amor quebrado
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