Arte, porque a vida por si só não deu conta dela mesma





quinta-feira, 28 de novembro de 2013

, pois em mim é o movimento lento da sua virada de cabeça. a voz doce à imagem da delicadeza dos fios finos rarefeitos claros cabelos desfeitos. a sua manha da manhã tardia. e toda parte da poesia que eu não poderia deixar ressoar em mim o eco. o eco. eco. eco. o eco ecoa ecoa ecoa escoa escoa escoa escorrega lá na saudade, deságua. cálida. calada. cada. dá? cá. e lá.
escorrega e esquece o rastro o resto o roxo os cacos o caos a mancha na pele da alma marcada. badalada do fim. relógio tardio. tragédia anunciada.
céu negro cântigo. sabiá virou corvo. passarinha perdeu asa. ora borboleta está lagarta. e eu com essa mania boba de plumar passado à nuvem branca, à lua cheia, cobertor de estrelas. essa mania de afago no afeto. afobada pra curar feto.
DEIXA GESTAR

(prosa-poética-continuação-do- verso-de-Gell Macedo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário