gosto mesmo é do gosto da língua do sonho que me pega acordada sinto voar nas asas do vento a noite nua entregue à lua audaciosa dá de coçar borboletas na minha cabeça e em todo o resto... vou poetando toda prosa rosa vermelha roça enrubeço! e ando e ando e ando sem me mexer poeta ando poeta ando poeta ando poetando sem saber De súbito vejo! no ensejo, passo a passo, cheguei a milhares e milhões de segundos de lugares lunetas, lunares, leminski comi chocolate numa banheira de ervilhas coloridas e nem tirei os pés do chão. Durmo. É quando o tempo me tem na mão.