Arte, porque a vida por si só não deu conta dela mesma





quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

DEZEMBRO

Tá parecendo, tem uns dias já...

enfiaram minha alma numa caixa,

feito embrulho pra presente,


jogaram no mar, 


 uma cambalhota, outra e outra mais

outra sacudidela nela

balança pra cá e pra lá e de repente, finalmente, a tampa dela, da caixa, caiu.


minha alma afogada saiu rolando amassada pra fora da caixa.


Abriu os olhos e viu:

Estava no meio do deserto. 


Só areia e céu.


Só amarelo e azul. 




O tempo laaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaarrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrgo




Nenhum lago.
ou eu me afogaria.

Um comentário:

  1. Dezembro

    O dia azulava o sol

    Eu vinha em viagem

    Sem horizonte a vista

    Tremia dos pés a cabeça

    Espasmos no corpo de nervos

    E dores no estômago

    Formando cicatrizes

    Eu ria diante do cachorro morto

    O cachorro ria como se estivesse vivo

    Contorcido

    De uma doente saudade sem esperanças

    Alinhavava o meu destino

    Me Achava onde me perdia

    E o dia se desfazia

    Alaranjando o céu

    Avermelhando o horizonte...

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