As vezes a saudade não bate. Espanca.
Arte, porque a vida por si só não deu conta dela mesma
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
AR
O ar vai lavar qualquer mágoa qualquer alma qualquer.
Calma
é só respirar um pouco mais de am(ar).
Calma
é só respirar um pouco mais de am(ar).
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
0,5
tinha uma vírgula no meio do caminho, no meio do caminho tinha uma, virgula no meio do caminho tinha, uma vírgula no meio, do caminho tinha uma, no meio do cam,
domingo, 16 de setembro de 2012
Pessoas
Pessoas falam o que querem, ouvem o que querem e assim mantém em conversas monológicas masturbatórias de egos pseudointactos
MOM & SON
Mais uma da série DIÁLOGOS DE FILHO DA MÃE
SON - "Mamãe, fiquei tão feliz de ver meu paizinho de novo!"
MOM- "É, filho? Matou a saudade?"
SON - "Não, mamãe, a saudade nunca morre!"
MOM - "Ah... A saudade nunca morre?"
SON - "AH! Não sei, quem sabe disso é Deus, ou sei lá se ele falou pra..."
MOM - "Não, filho, eu achei bonito isso que você disse! Que a saudade não morre."
SON - "É. Mamãe, eu acho que a saudade só morre quando a gente morre."
MOM - "Ah, tá... E quando a gente sonha?"
SON -"ELa não morre... Eu acho que o sonho é a saudade que a gente tem. Eu sempre sonho com o desenho do Naruto, com o capítulo que eu não consegui ver."
SON - "Mamãe, fiquei tão feliz de ver meu paizinho de novo!"
MOM- "É, filho? Matou a saudade?"
SON - "Não, mamãe, a saudade nunca morre!"
MOM - "Ah... A saudade nunca morre?"
SON - "AH! Não sei, quem sabe disso é Deus, ou sei lá se ele falou pra..."
MOM - "Não, filho, eu achei bonito isso que você disse! Que a saudade não morre."
SON - "É. Mamãe, eu acho que a saudade só morre quando a gente morre."
MOM - "Ah, tá... E quando a gente sonha?"
SON -"ELa não morre... Eu acho que o sonho é a saudade que a gente tem. Eu sempre sonho com o desenho do Naruto, com o capítulo que eu não consegui ver."
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
FÁBULAS DE UM FELIZ DE UM FILHO DA MÃE
SERGINHO - Mamãe, vamos logo pra Livraria Cultura?!
LELÊ - Já vou, só estou terminando de comer
SERGINHO - Vovó Claudia e vovô Paulo também foram pro fashion mall. tem um evento lá
LELÊ - Eu sei. É de moda!
SERGINHO - E você também vai aproveitar pra ir lá?
LELÊ - Vou.
SERGINHO - Oba!!! Tô tão feliz! (muito esfusiante)
LELÊ - Nossa, rs, por que essa felicidade toda, filho?
SERGINHO - Ah, porque você não vai só me levar na livraria! Você também vai se divertir! Tô muito feliz! Feliz por você!
LELÊ - Filho, eu também te amo.
E O ABRAÇO FOI INEVITÁVEL
---------------------------------------------
DEPOIS DE CHEGAR
SERGINHO - Mamãe, deita comigo pra eu dormir?
LELÊ - Hoje não, já fiz muitas vontades suas hoje. Hoje você deita sozinho.
SERGINHO - Pois é, é que você me fez tão feliz hoje que só falta você deitar abraçadinha comigo pra ser perfeito
LELÊ - Ai, Caramba!
SERGINHO - Que foi?
LELÊ - Pô, Sergio...
SERGINHO - Quê?
LELÊ - Ah!Seu argumento irresistível me convenceu!"
E FOMOS.
sábado, 8 de setembro de 2012
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Em busca do Teatro Pedinte
"Oi, meu nome é texto novo de agora, eu sou meio longo, dá uma preguiciiiiinha, mas me lê aí, vai, por favor?"
TEATRO: A ARTE DE PEDIR - ou COM EVOÉ NÃO SE PERDE A FÉ
Aprendi a ser cara de pau fazendo teatro. E não foi no palco ou na sala de ensaio. Foi pedindo ao porteiro do meu prédio pra pintar o banco do play - "... que é pra usá-lo numa peça..." - pedindo ao outro porteiro pra ensaiar na ante-sala da sauna (já que eu me desentendi com o síndico arrogante, que mora no primeiro andar e me proibiu de ensaiar no salão de festas que fica bem embaixo do quarto dele), pedindo a mesinha retrô que minha vizinha de porta deixou no hall, pedindo a moldura enorme e a cristaleira digna de antiquário que foi guardada/esquecida na garagem pelo cara do 701.
Com os colegas de trabalho, a mesmíssima coisa.
TEATRO: A ARTE DE PEDIR - ou COM EVOÉ NÃO SE PERDE A FÉ
Aprendi a ser cara de pau fazendo teatro. E não foi no palco ou na sala de ensaio. Foi pedindo ao porteiro do meu prédio pra pintar o banco do play - "... que é pra usá-lo numa peça..." - pedindo ao outro porteiro pra ensaiar na ante-sala da sauna (já que eu me desentendi com o síndico arrogante, que mora no primeiro andar e me proibiu de ensaiar no salão de festas que fica bem embaixo do quarto dele), pedindo a mesinha retrô que minha vizinha de porta deixou no hall, pedindo a moldura enorme e a cristaleira digna de antiquário que foi guardada/esquecida na garagem pelo cara do 701.
Com os colegas de trabalho, a mesmíssima coisa.
No teatro pobre - e não faço aqui nenhuma ligação direta a Grotowski - aprendemos uma série de expressões muito utilizadas pelo operariado jovem do teatro. São eufemismos muito afetuosos ou estimulantes os utilizados quando, na verdade, se quer dizer: tenho um trabalho mas nenhum dinheiro pra você. "É no amor" , "É na raça" - ou, no modus cariocão, "É na camaradagem" - são os termos que introduzem um convite de trabalho. Eu já apelidei esses convites de "proposta indecente" . É lógico, a proposta vem bem feita num tom bem animado que é pra aliviar bem o impacto do nenhum dinheiro. E é chamada de indecente pra já ali diminuir a expectativa. Então é por aí que se segue a descrição da tal incrível idéia/projeto com verba nenhuma.
É assim mesmo o discurso pedinte: disfarçado de convite ou descontraidamente chamado de "propostinha indecente". Diminutivos também são eficazes. Você disca o telefone, escolhe o tom de voz perfeito e lança essa pra sua colega-atriz, seu amigo-produtor, seu conhecido-diretor ou seja lá quem for a sua ficha técnica camarada. Ah! Tem também aquela máxima: "Vai ser bom pra você, vai mostrar seu trabalho, fazer girar o seu nome..." - Sim, o sujeito te chama pra mostrar seu trabalho e girar o seu nome no projeto autoral dele sem te pagar nenhum vintém. Nem passagem. Nem ticket alimentação.
Assustou? Escravidão? Não, meu bem, não... Que é isso?! Nem pense numa coisa dessas! Os escravos não pagavam pra trabalhar e mal ou bem, ali na senzala tinham moradia e alimentação. Pra artista, nem senzala, viu? Mas olha... Sem revolta! É assim mesmo. Mas olha... Sem conformismos. Eu também acho tudo isso o cúmulo! Mas olha...
É assim mesmo o discurso pedinte: disfarçado de convite ou descontraidamente chamado de "propostinha indecente". Diminutivos também são eficazes. Você disca o telefone, escolhe o tom de voz perfeito e lança essa pra sua colega-atriz, seu amigo-produtor, seu conhecido-diretor ou seja lá quem for a sua ficha técnica camarada. Ah! Tem também aquela máxima: "Vai ser bom pra você, vai mostrar seu trabalho, fazer girar o seu nome..." - Sim, o sujeito te chama pra mostrar seu trabalho e girar o seu nome no projeto autoral dele sem te pagar nenhum vintém. Nem passagem. Nem ticket alimentação.
Assustou? Escravidão? Não, meu bem, não... Que é isso?! Nem pense numa coisa dessas! Os escravos não pagavam pra trabalhar e mal ou bem, ali na senzala tinham moradia e alimentação. Pra artista, nem senzala, viu? Mas olha... Sem revolta! É assim mesmo. Mas olha... Sem conformismos. Eu também acho tudo isso o cúmulo! Mas olha...
No amor e na raça, já pedi e fui pedida. Confesso que tenho mais cara pra pedir bancos do play , ante-salas de sauna e molduras enormes da garagem do que gente (Sim, não se espante, poxa, esse nosso povinho de teatro também é gente).
Mas foi pedindo que minha timidez desceu pelo ralo. E desceu mesmo. Aos quinze anos eu não comprava nem um pão de batata na cantina da escola. Eu tinha uma amiga - Luiza Rêdes, não me desminta - pra fazer isso pra mim. Era a Luiza quem comprava meu pão de batata com requeijão e meu mate.
Graças ao teatro sem patrocínio não me resta mais um pingo de vergonha nessa cara.
Dioniso abençoe meus porteiros e vizinhos (e tb outros passantes bem aventurados que atravessaram meu caminho com generosidade - ou pena).
É de extrema importância ter atenção às morais de toda essa história que, por mais que pareçam, não são tão balela assim:
Moral da história 1: É pedindo que se aprende.
Moral da história 2: É pedindo que se perde a vergonha na cara (mas a dignidade jamais, a não ser, seu imbecil, que depois de tanto pedir você não entre em cartaz)
Moral da história 3: Teatro se faz pedindo.
Moral da história 4: Se nada der certo, teremos diploma pós doc pra arrumar um trocado no sinal.
Deu pra sacar? O lance é o seguinte: como um bom operário de arte, você está fadado a ser um pedinte. Mesmo fazendo teatro classe média. É raro teatro rico, ou você atende pelos sobrenomes Müller, Botelho ou Falabella?
Resigne-se. Ajoelharás eternamente aos pés de apoiadores, patrocinadores, aprovadores de icms e rouanets. E entre alegrias e dores, a única esperança para nós gozadores sofredores, é que partindo de café três corações, donnana, paitrocinios e playgrounds, um dia chegamos a Era dos Brás. Mas não se anime: com verbas Petro ou Eletro, nossa luta nunca jaz.
E preste atenção: se você não chegar lá tão cedo, não desista. Continue pedindo. Lembre dos seus amigos de infância. Algum deve ter virado diretor de marketing de uma empresa fodona (no seu caso, qualquer empresa mequetrefe também serve, só pra começar, vai). Ah... A empresa não tem o perfil do projeto? Hummm Imaginei. Sa-bi-a. Experiência. Mas é uma empresazinha mequetrefe mesmo, hein! Mas a culpa é sua. Você devia ter feito melhores amizades na infância.
Faça o seguinte: planeje-se. Matricule seu filho num colégio de milionário. Peça bolsa. Peça integral. Você sabe como fazer isso. E peça mesmo. Você precisa ter alguém pra quem pedir dinheiro quando ficar velho.
Ah... Não tem filho? Nem quer ter?
Continue. Ore. Peça pra Apollo, pra Dionioso, Stanislavski, pra Paulo Autran, pra Sergio Brito, pra Cacilda Becker, pra Nietzsche, pra Jah,!!!!! Peça até pra Deus!!!
Jesus!!!! Alguém há de lhe escutar! Agora, se ninguém de atender... ou é problema da Tim ou você tá fazendo alguma merda!
Peraí! Pára tudo! Entrou no crowdfunding e conseguiu uns cruzados de réis pra levantar os custos básicos da sua peça? Ih! Descansa não! Tá pensando o quê? É brasileiro? É carioca? Não tem nenhum ator famoso ultra global na sua peça que é uma obra prima? Então não vai precisar pedir mais nada. Agora, meu bem, vai ter que IMPLORAR por público. Merda lá!
Bem... quer um segundo pra respirar? Um só. Estou terminando mas tenho mais a dizer. E por favor, não me deixe falando sozinha. Por favor, vai? Sei que texto longo dá preguiça, mas... pô, se coloca no meu lugar? Se colocou? Posso prosseguir?
Então... Por tudo isso, seu pedinte, lembre-se sempre dos designios da Bíblia que fazem referência aos seus semelhantes e nunca, veja bem: NUNCA trate mal o menino das bolinhas no sinal. Ele poderá ajudá-lo com perspicazes lições e ainda te ensina uns malabares pra você colocar no prólogo da sua peça contemporãnea. Só, por favor, nunca use "Tia" como vocativo. Nem "Dona", eu lhe rogo. Ah! Também não faça aquela cara de cão abandonado morto de fome e chutado. Não funciona. Dá até raiva.
Agora eu vou partindo porque tenho um edital pra preencher. Pedir por escrito é bem menos constrangedor, bem mais chato e com só 10 anos de teatro e nenhum nome de alto escalão da nata do do TBC (Teatro Blasé Carioca) ou do TQBC (Teatro Quase Brodway Carioca) na direção - já que a direção sou eu - dificilmente vou ganhar essa budega. Mas há os milagres. E até conheço a amiga de uma amiga de uma abençoada. Serei ungida. De vinho. Por Baco*. Não perco a fé. Continuarei pedindo. Evoé!
*Baco, por favor, Baco. Tenha misericórdia de minha alma. Prefere que eu te chame de Dioniso? Eu chamo.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
A BRECHA
Desses rabiscos... os meus... seus... idos.
Dos sentidos dos sentimos das idéias fingimos?
Desse ar que se inspira, do que se aspira, o que nasce em mim e se
expõeessa impressão expressa, se apressa!
expõeessa impressão expressa, se apressa!
Me dá um lápis!
zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
Já foi.
zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
Já foi.
A sensação de ser que se transforma e es(vai).
O tempo é.
Do que estou eu - você
do que
do que
está em mim do que se faz em nós do que se torna palavra do que se faz
verso,
do que se exprime, doqueseexpreme,
dessa dor que
SORRI
e te convida:
Pode entrar, a porta está aberta.
elA
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Tudo que bate dói.
Uma dose de lembrança bate
Liquidi(fica)dor
Um litro infinito de saudade
Eu entorno, eu bebo e torno a...
mais uma dose
Eu retorno
Mais uma dose
De você... liquidada
E Liquida
fica
dor
Bate
Liquidi(fica)dor
Um litro infinito de saudade
Eu entorno, eu bebo e torno a...
mais uma dose
Eu retorno
Mais uma dose
De você... liquidada
E Liquida
fica
dor
Bate
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Portando um diploma pós doc na área, sinto-me capacitada para abrir uma Centro de Reabilitação Pós Relacionamento.
Lição número 1 - Assista filmes debilóides ou suspenses. Uns de terror (bons) tb funcionam.
Lição número 2 - Joguinhos são excelentes. Qualquer joguinho bosta serve. Até tetrix.
Lição número 3 - Evite falar com gente chata, vc só vai lembrar do(a) Falecido(a) e ainda vai ficar com a FALSA impressão de que o(a) Falecido(a) era o melhor ser vivo que surgiu em todo o Universo desde o Big Bang
Lição número 4 - Convença-se de que essa impressão É FALSA! Repita 147 vezes É FALSA!
Lição número 5 - Protele um pouco ir pra cama com qualquer outro sujeito(a) ou você vai ficar com a FALSA (você já se convenceu q é falsa, se não, repita mais 43) impressão de que o(a) Falecido(a) é/tem a pica/xana das galáxias.
Lição número 6 -Se estiver precisando trocar o óleo, procure um(a) verdadeiro(a) pica/xana das galáxias.
Lição número 7 - Você já devia ter feito isso antes, mas troque no seu celular o nome do(a) Falecido(a) por VOCÊ MERECE COISA MELHOR.
Lição número 8 - Dependendo do seu nível de desequilibrio, obsessividade ou compulsão afetiva, espatife seu telefone. Ligar para o individuo não colabora com o tratamento.
Lição número 9 - Se você for desequilibrado tipo Atração Fatal ou Anticristo, limpe a sua conta bancária, vc não pode ter dinheiro para pegar um taxi, surgir na casa do(a) Falecido(a) e pegá-lo(a) com outro(a).
Lição número 10 - Se você, seu idiota, for até lá e pegá-lo(a) com outro(a), convença-se de que você não é um idiota (a não ser por estar fazendo esse papelão). E aliás, você é muito, enormemente, infinitamente melhor do que esse(a) periguete/bosta que seu/sua ex tá pegando só pra matar aquela carência ridícula dele(a). Convença-se disso. Se você for realmente muito melhor do que esse lixo que tá na sua ex cama, nem será necessário muito esforço.Você não precisará convencer nem a você e nem a ninguém. disso. Todos os seus amigos, amigos dele, amigos dela, o mundo todo saberá disso: você é infinitamente melhor. Você é incrível.Você é fodarástico(a)..
Lição número 11 - Antes de ir embora da casa do(a) Canalha, aproveite que você é desequilibrado(a) tipo grave e quebre todos os copos e pratos da casa (que afinal, são seus e você tem todo o direito de fazer isso). Assim, você vai gastar sua raiva, vai se sentir vingada e não vai precisar machucar ninguém.
Lição número 12 - Se você for homem, não faça isso. A não ser que você queira dar um ataque de bichisse. E nem os gays ficam interessantes tendo ataque de bichisse.Você não tem útero, você não sangra todo mês, vocÊ não é o Anticristo. Você não tem direito a ter um ataque desses. Não tem, não tem, não tem, não tem. E nem discute porque eu tô de TPM.
Lição número 13 - Toda vez que sair de casa, vista-se primorosamente. Mulheres, maquiem-se. Não esqueça do perfume. Você vai precisar de elogios pra levantar essa porra dessa auto-estima que tá na merda.
Lição número 14 - Beba, mas não muito, ou você vai contar pro bar inteiro que você é corno.Se vc for alcóolatra, não beba, né, imbecil!
Lição número 15 - Se você não é corno, continue assim, mentir pra si mesmo é sempre a melhor mentira. Renato Russo estava mentindo quando disse o contrário. Aliás, é regra básica. Não coloquei como uma lição na lista porque é tão básica que vem antes do 1.
Lição número 16 - Ah, você não é corno mesmo, com toda a certeza do universo? Foda-se. Mentira. Peça desculpas ao Falecido(a) corno(a). Mas peça por escrito,ou telefone, você tá correndo o risco de ser agredido. E tomar porrada não colabora com o tratamento.
Lição número 17 - Quando encontrar um amigo em comum, coloque um tampão no ouvido. Mais cedo ou mais tarde ele vai cometer a infâmia de pronunciar o nome do(a) Falecido(a). E isso definitivamente não colabora com o tratamento.
Lição número 18 - Esse mesmo amigo não vai aguentar e quando você menos esperar, vai enumerar pessoa por pessoa que o(a) Falecido(a) está pegando. Dê apelidinhos infames para essas xumbreguetes e furingos pegadores de ex. Eles são de quinta e não merecem que você pronuncie seus nomes. Aliás, que nomezinho nada a ver aquele, né? O apelidinho que você inventou é até bem mais interessante.
Lição número 19 - Vá toda semana a um tarólogo pra que ele te diga que o verdadeiro amor vai surgr em sua vida na semana que vem.
Lição número 20 - Espalhe fotos tamanho 40X60 do seu mais novo amor por toda a casa: você mesmo.Faça elogios.
Lição número 21 - Prove seu amor ao seu amado. Escreva uma carta de amor para você mesmo. O nome disso é amor próprio,
Lição número 22 - Esqueça tudo isso. Faça as malas e vá pro Japão. Eu ia sugerir China, mas achei que seria irresponsabilidade social enfiar mais um desgraçado lá dentro. Se você é aquele desequilibrado grave tipo Atração Fatal, vá para a Índia. A obsessão pelo budismo vai te fazer bem. E agora você protagonizará O Iluminado. mó promoção irada.
PS: Tenha o mínimo de bom senso ao escolher o filme debilóide. American Pie e suas variações não estão incluídas no pacote. A não ser que você seja homem ou debilóide. Ou as duas coisas.
Ah! Bloquear o(a) Falecido(a) no facebook tb é regra básica.
domingo, 15 de julho de 2012
DOMINGO
E eu sinto falta de alguma coisa que eu nem sei
Eu nem sei se é falta
Uma harpa,uma bota no chão, umas cervejas e eu nem sei
Quando vou dizer some
Me consome
Sinto sinto sinto sinto
Sinto tanto
Sinto muito
Eu sinto sim
Sinto falta de mim
E ninguém mais pode dizer
Você pode dizer:
- É claro que não!
Se disser que sim eu rio
Eu rio de você sim
Rio sim.
Você não pode dizer
É claro que não.
E a cinza está para cair
Eu... eu... eu...
Eu estou cansada de tanto eu
Desse eu no meu eu
Sinto falta, sinto sim.
domingo, 1 de julho de 2012
A Deriva
Eu tô com medo de ficar
aqui
PARADA
meu sonho
bem no meio dessa estrada bifurcada entre e
meu fracasso
E se de repente tudo aquilo for...
nada
do que eu pensei?
Se eu der com os burros nágua?
nado?
Afunda...
maré braba.
aqui
PARADA
meu sonho
bem no meio dessa estrada bifurcada entre e
meu fracasso
E se de repente tudo aquilo for...
nada
do que eu pensei?
Se eu der com os burros nágua?
nado?
Afunda...
maré braba.
sábado, 16 de junho de 2012
No sótão
Alguns brinquedos são inesquecíveis. E alguns momentos são como brinquedos. É que existem pessoas que gostam de brincar com as circunstâncias tornando a vida mágica. E aquilo fica ali, num campo especial da memória, registrado. E é esse o caso.
O mundo do faz de conta é mesmo sedutor e eu devia ter uns seis anos mais ou menos quando essa máquina registradora da Glasslite entrou pra vida da criançada de 80/90. Mais ou menos na mesma época do pogobol, do castelo da She-ra, do estojo automático e do aquaplay. Ai, que saudades da aurora da minha vida, do meu Fofão querido que os anos não trazem mais...
Eu, como todas as meninas da minha idade, adorava aquele lance de ser a professora, a vendedora da loja e, como já seria de se esperar pela Glasslite, a caixa do supermercado. Me apaixonei pela caixa registradora e a quis como se fosse o último desejo da minha vida. Pedi de aniversário aos meus pais, que provavelmente iriam comprá-la no nosso fusca verde. Esperei por esse dia ansiosa. Ser caixa de supermercado naquele momento era o meu maior sonho.
Dia 29 de outubro chegou e eu acordei com aquela sensação de ser especial. Aquele era o meu dia. Fui ao quarto de minha mãe e sentei na cama forrada por um lençol bege claro estampado com uma espécie de trevos bege escuro quase verde musgo. Quase. Já naquela época o lençol tinha um tom sépia. Mas ele ainda não era antigo. Minha mãe me deu um "bom dia", um abraço, os parabéns e logo meu pai chegou por trás no corredor com um ritual parecido, eu acho. Não me lembro muito bem. Corta para a minha mãe me explicando com toda delicadeza: "Minha filha, você sabe... Papai e mamãe estão muito duros. A nossa situação está complicada. Você sabe..." - Nesse momento eu já comecei a murchar e na minha cabeça a imagem da minha máquina registradora ia sumindo e ficando pequenina, cada vez mais ao longe sumindo numa branquidão, mas ela ainda estava ali quando - "...e como a grana tava curta, só deu pra gente comprar mesmo isso aqui" - E eis que surge nas mãos da minha mãe o isso aqui - uma cestinha de supermercado com mini frutas de plastico. O isso aqui deveria vir acompanhando a máquina. Deveria...
Não. Não vou descrever a minha reação, vou deixar vocês imaginarem. Mentira. Não, não é mentira. Eu ia deixar vocês imaginarem. Mas eu tenho facilidade para mudar de idéia. Vou contar. Olhei pra cestinha com frutas de plástico, olhei pra minha mãe, depois pro meu pai. Peguei a cestinha. Não falei nada além de um sincero "obrigada". Era sincero, mas carregado de pena de mim e dos meus pais. Eles eram mesmo muito duros, minha mãe era muito nova e o dia-a-dia ali era sim bastante suado. E eu merecia MUITO uma caixa registradora da Glasslite. E o choro estava ali... entalado na minha garganta. Não como uma bala soft. Aquelas balas eram meio trágicas, eu lembro disso... E a situação não era trágica. Era só dramática. Eu fiquei bem arrasada, mas tentei disfarçar. Duvido que eu tenha conseguido. Até hoje não consigo muito dissimular minhas emoções. Elas brotam a flor da pele e o máximo que eu posso fazer pra diluí-las é postá-las num blog.
Eu, como todas as meninas da minha idade, adorava aquele lance de ser a professora, a vendedora da loja e, como já seria de se esperar pela Glasslite, a caixa do supermercado. Me apaixonei pela caixa registradora e a quis como se fosse o último desejo da minha vida. Pedi de aniversário aos meus pais, que provavelmente iriam comprá-la no nosso fusca verde. Esperei por esse dia ansiosa. Ser caixa de supermercado naquele momento era o meu maior sonho.
Dia 29 de outubro chegou e eu acordei com aquela sensação de ser especial. Aquele era o meu dia. Fui ao quarto de minha mãe e sentei na cama forrada por um lençol bege claro estampado com uma espécie de trevos bege escuro quase verde musgo. Quase. Já naquela época o lençol tinha um tom sépia. Mas ele ainda não era antigo. Minha mãe me deu um "bom dia", um abraço, os parabéns e logo meu pai chegou por trás no corredor com um ritual parecido, eu acho. Não me lembro muito bem. Corta para a minha mãe me explicando com toda delicadeza: "Minha filha, você sabe... Papai e mamãe estão muito duros. A nossa situação está complicada. Você sabe..." - Nesse momento eu já comecei a murchar e na minha cabeça a imagem da minha máquina registradora ia sumindo e ficando pequenina, cada vez mais ao longe sumindo numa branquidão, mas ela ainda estava ali quando - "...e como a grana tava curta, só deu pra gente comprar mesmo isso aqui" - E eis que surge nas mãos da minha mãe o isso aqui - uma cestinha de supermercado com mini frutas de plastico. O isso aqui deveria vir acompanhando a máquina. Deveria...
Não. Não vou descrever a minha reação, vou deixar vocês imaginarem. Mentira. Não, não é mentira. Eu ia deixar vocês imaginarem. Mas eu tenho facilidade para mudar de idéia. Vou contar. Olhei pra cestinha com frutas de plástico, olhei pra minha mãe, depois pro meu pai. Peguei a cestinha. Não falei nada além de um sincero "obrigada". Era sincero, mas carregado de pena de mim e dos meus pais. Eles eram mesmo muito duros, minha mãe era muito nova e o dia-a-dia ali era sim bastante suado. E eu merecia MUITO uma caixa registradora da Glasslite. E o choro estava ali... entalado na minha garganta. Não como uma bala soft. Aquelas balas eram meio trágicas, eu lembro disso... E a situação não era trágica. Era só dramática. Eu fiquei bem arrasada, mas tentei disfarçar. Duvido que eu tenha conseguido. Até hoje não consigo muito dissimular minhas emoções. Elas brotam a flor da pele e o máximo que eu posso fazer pra diluí-las é postá-las num blog.
Pois bem, passado esse instante, fui pra casa da minha avó. A minha avó é como uma segunda mãe. Nem sei se segunda. Uma co-mãe. E hoje, é também uma grande amiga. Domingo era dia de vó e aniversário também. Lá fomos nós. Entramos pela porta da cozinha, como de costume e fomos pra antiga salinha de televisão onde assisti VAMP muitas vezes. Minha avó me deu um beijo, os parabéns e imagine só o que mais ela me apresenta com risadas do meu pai e da minha mãe ao fundo: a minha caixa registradora! Primeiro eu entrei em estado de choque. Depois eu sorri, gargalhei, comemorei e registrei algumas compras.
Enquanto eu brincava de ser adulta, meus pais estavam ali, curtindo a brincadeira de pregar aquela peça e fabular uma história pra mim. Acho que eles nem calculavam o quanto essa caixa se tornaria tão registrada nas singulares lembranças que moram no sótão da minha nostalgia.
E hoje, pouco mais de vinte anos depois (naquela época eu jamais me imaginaria falando "mais de vinte anos depois"), uma constatação: de fato, a melhor parte tá sempre na casa da avó, mas é tudo planejado.
PS: AOS NOSTÁLGICOS DE PLANTÃO
Fiquei sabendo ontem que estreou recentemente um novo canal Globo com desenhos antigos. E na sessão nostalgia tem Os smurfs, Popeye, He-man, She-ra etc.
NET - canal 30 (SD) e canal 557 (HD)Enquanto eu brincava de ser adulta, meus pais estavam ali, curtindo a brincadeira de pregar aquela peça e fabular uma história pra mim. Acho que eles nem calculavam o quanto essa caixa se tornaria tão registrada nas singulares lembranças que moram no sótão da minha nostalgia.
E hoje, pouco mais de vinte anos depois (naquela época eu jamais me imaginaria falando "mais de vinte anos depois"), uma constatação: de fato, a melhor parte tá sempre na casa da avó, mas é tudo planejado.
PS: AOS NOSTÁLGICOS DE PLANTÃO
Fiquei sabendo ontem que estreou recentemente um novo canal Globo com desenhos antigos. E na sessão nostalgia tem Os smurfs, Popeye, He-man, She-ra etc.
SKY - canal 287 (HD)
TV - canal 94 (SD) e canal 594 (HD)
TV (cabo) - canal 22 (SD) e canal 322 (HD)
Vivo TV (DTH) - canal 325 (SD) e canal 873 (HD)
GVT - canal 32 (HD)
OI TV - canal 87 (SD)
CTBC TV (cabo) - canal 35 (SD) e canal 235 (HD).
CTBC TV (DTH) - canal 335 (SD) e canal 935 (HD).
Via Cabo - canal 56 (SD) canal 456 (HD).
Segundo o diretor do canal, Paulo Marinho, o Gloob surgiu através de uma pesquisa feita pela Globosat que identificou uma “lacuna” entre os canais infantis. ”O público-alvo, na faixa de 5 a 8 anos, sai da primeira infância e abandona o canal Discovery Kids, mal encontra sua turma no Network ou na Nickelodeon, ambos feitos, em sua maioria, para crianças maiores. E é para preencher este nicho que surge o Gloob”.
Confira os horários dos clássicos no Gloob:
Os Smurfs: diariamente, 9h. Seg à sex, 15h30. Sáb, 21h30.
Popeye: diariamente, 22h. Seg à sex, 2h30. Sáb, 22h. Dom, 14h30.
He-Man: diariamente, 22h30. Seg à sex, 2h. Sáb, 22h30 e 2h. Dom, 15h e 2h.
She-Ra: diariamente, 23h. Seg à sex, 1h30. Sáb, 23h e 2h30. Dom, 15h30 e 2h30.
sábado, 9 de junho de 2012
O menino que vendia livros e via entre prateleiras
Saudade daquela menina da livraria...
Menina que eu vejo, desejo me espia
Espira o tempo travesso que passa com pressa e leva no vento
Menina que invento que amo que passa no cio
Eu mio, ela olha ela vem ela deixa cair no meio do seio um cílio
ela toca ela pega ela peca oferece uma prece anuncia:
"Segura. Sente. Aperta... faz um desejo e pensa numa dor"
Ela fala macio ela morde o lábio é lascivia (em flor)
"quero uma dor azul" - e se vai.
Saudade da menina da livraria...
Menina que eu vejo, desejo me espia
Espira o tempo travesso que passa com pressa e leva no vento
Menina que invento que amo que passa no cio
Eu mio, ela olha ela vem ela deixa cair no meio do seio um cílio
ela toca ela pega ela peca oferece uma prece anuncia:
"Segura. Sente. Aperta... faz um desejo e pensa numa dor"
Ela fala macio ela morde o lábio é lascivia (em flor)
"quero uma dor azul" - e se vai.
Saudade da menina da livraria...
Sem lenço sem olhar pra trás
Substância afetiva
O resto sao dejetos
de mim ninguém leva nada
Mudei tudo
Página virada
Maçada é mala com quinquilharia
academia, amor velho, gente vazia
Qualquer caminho outro é bom
prumo novo rumo
pruma velha andarilha.
Alessandra Gelio e Flavia Selbovitz
O resto sao dejetos
de mim ninguém leva nada
Mudei tudo
Página virada
Maçada é mala com quinquilharia
academia, amor velho, gente vazia
Qualquer caminho outro é bom
prumo novo rumo
pruma velha andarilha.
quinta-feira, 7 de junho de 2012
valsa
volver vento veloz vinil voil voyer volta vulva viúva vírus
visão vazão vaso vasto vapor valor vário vazio vácuo vaca
varal viril viral vira viola vidro vida verve voraz você volver
varal viril viral vira viola vidro vida verve voraz você volver
segunda-feira, 21 de maio de 2012
SomeTimesSome
as vezes lhe dão um beijo
as vezes lhe dão de amar
as vezes lhe dão ensejo de bossa e mar
as vezes lhe dão impar
as vezes lhe dão lampejo de um par
as vezes lhe dão um ermo olhar
as vezes lhe dão só ar
as vezes
só
as vezes
So li dão
as vezes lhe dão de amar
as vezes lhe dão ensejo de bossa e mar
as vezes lhe dão impar
as vezes lhe dão lampejo de um par
as vezes lhe dão um ermo olhar
as vezes lhe dão só ar
as vezes
só
as vezes
So li dão
Apaga.
eu não desejaria apagar minhas lembranças se pudesse apenas esfumaçar as braseiras sensações que elas me trazem me tragam me cinzam.
terça-feira, 24 de abril de 2012
Olhe dentro do fora
Olhar pro outro e tentar enxergá-lo realmente, e mais, tentar sentí-lo de fato, fica cada vez mais escasso: estamos viciados em nós mesmos.
Arrotamos conceitos e palavras feitas, falamos daquilo que achamos que sabemos, elocubramos como nos convém e discorremos somente e sabiamente sobre nós mesmos quando, dissimulados, estamos falando de qualquer vida, de qualquer outro, de qualquer planta. Só assim nos protegemos do cerne dos instantes, só assim nos mantemos ilesos na superfície, só assim podemos ficar sob a ótica topográfica e soberana da cena.
Vendo tudo sempre a partir das mesmas perspectivas, usando sempre as mesmas respostas. Inclusive quando o que se necessita é só silêncio.
É tentador se impor aos instantes.
Recebê-los é uma arte pra poucos.
domingo, 22 de abril de 2012
Te Juro!
EU TE DAREI O CÉU!
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MAS SÓ NA SEMANA QUE VEM
NESSA EU JÁ TENHO MUITA ENTREGA AGENDADA!
segunda-feira, 16 de abril de 2012
A(mar) de Rosas
Nos meus sonhos eu ia a beira do rio
Agora, só a mar
Ao fundo
Nao sei porque...nao tenho medo
Agora, me confundo
Nunca gostei de superficie, de fazer planos nem planicies. Morro um pouco a cada dia. Desço, subo e salto!
Nunca gostei de superficie, de fazer planos nem planicies. Morro um pouco a cada dia. Desço, subo e salto!
O mundo profundo me bebe me engole
Eu sou um submundo imundo de restos de rosas.
Entrega e mergulho em verso em prosa.
Eu so deep assim.
Eu so deep assim.
O vermelho e os espinhos ja se tornaram
parte de mim
Principio
Entrelacamos as maos.
Eu e ele.
Precipito-me
E num salto.
Precipicio-me.
E no primeiro ato eu mato todo o fato.
Era so o principio
E eu.
Sempre gostei de historias de morte por amor.
Eu e ele.
Precipito-me
E num salto.
Precipicio-me.
E no primeiro ato eu mato todo o fato.
Era so o principio
E eu.
Sempre gostei de historias de morte por amor.
domingo, 15 de abril de 2012
Hospedagem
Vem?
Vem mais?
Entra.
Vai fundo.
Pode vir.
Vem de novo, vai.
Volta.
Vai e volta.
Vai e volta.
Vai e volta.
Volta.
Volta.
Volta.
Volta, vai.
Dá uma volta e vai.
Vai vem vai.
Vai. vai vai.
Volta mais.
Fica?
Eu deixo você se hospedar em mim.
Vem mais?
Entra.
Vai fundo.
Pode vir.
Vem de novo, vai.
Volta.
Vai e volta.
Vai e volta.
Vai e volta.
Volta.
Volta.
Volta.
Volta, vai.
Dá uma volta e vai.
Vai vem vai.
Vai. vai vai.
Volta mais.
Fica?
Eu deixo você se hospedar em mim.
Usadia
Como ousa me
entrar
entrecortar
intracortar
e ir embora assim tao cedo
sem nem provar meu sangue doce amargo azedo?
entrar
entrecortar
intracortar
e ir embora assim tao cedo
sem nem provar meu sangue doce amargo azedo?
sábado, 14 de abril de 2012
Olhos vagos, abre a porta?
Enquanto isso seus olhos vagueiam perdidos por aí
Por todo e qualquer lugar.
Puro medo de amar de novo.
Enquanto isso seu coração oco vagueia perdido por aí
Puro medo de amar de novo.
Enquanto isso seu coração oco vagueia perdido por aí
Por todo e qualquer lugar
Puro medo de amar o novo
Enquanto isso suas palavras vagueiam lancinantes e desabrigadas por aqui
Por esse insípido inóspito insólito lugar
Por esse insípido inóspito insólito lugar
Puro amor ao medo tolo de deixar o moço entrar.
Asshole!
quinta-feira, 12 de abril de 2012
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Tão Sylvia.
90 minutos e...
estou não um pouco mas tão muito ela.
Tão escorpionina...
tão desfeita, tão refeita, rarefeita, tão suspeita
de uma vida breve.
Não tão leve, não tão viva, não tão mesma,
não tão só não tão sã tão não então.
Tão lua, tão orfã, tão cálida,
tão eterna, tão aversa, tão amarga,
tão outono tão oca tão nada.
Estou Sylvia Plath.
elA
Efeito Sylvia Plath
estou não um pouco mas tão muito ela.
Tão escorpionina...
tão desfeita, tão refeita, rarefeita, tão suspeita
de uma vida breve.
Não tão leve, não tão viva, não tão mesma,
não tão só não tão sã tão não então.
Tão lua, tão orfã, tão cálida,
tão eterna, tão aversa, tão amarga,
tão outono tão oca tão nada.
Estou Sylvia Plath.
elA
Efeito Sylvia Plath
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Efeito Sylvia Plath é um termo cunhado pelo psicólogo James C. Kaufman, em 2001,
para se referir ao fenômeno de que escritores criativos são mais suscetíveis a doença mental.
O trabalho de Kaufman demonstra que poetas mulheres tendem a sofrer alguma doença mental
Este estudo tem sido discutido em muitas publicações internacionais, inclusive o New York Times[2],
sendo consistente com outras pesquisas psicológicas.[3]
O efeito foi nomeada a partir da poetisa americana Sylvia Plath, que cometeu suicídio aos trinta anos de idade.
terça-feira, 10 de abril de 2012
sábado, 7 de abril de 2012
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Afago
e só o que eu queria agora era
um daqueles instantes imóveis
em que eu deixava repousar minha lágrima cansada
no silêncio do seu peito.
que no meu
trago no tempo
só fumaça
descanço a cinza no cinzeiro
trago no tempo
a pele escassa.
sopro
desta graça desfeita
só fumaça
só fumo
só sumo
fumaça
só faça
sofá
só peito
qualquer leito
me escapa
me deito
me trago
me fumo
me sumo
fumaça
a graça é que depois tudo passa.
afago no tempo
só mais um trago
e eu apago.
que no meu
trago no tempo
só fumaça
descanço a cinza no cinzeiro
trago no tempo
a pele escassa.
sopro
desta graça desfeita
só fumaça
só fumo
só sumo
fumaça
só faça
sofá
só peito
qualquer leito
me escapa
me deito
me trago
me fumo
me sumo
fumaça
a graça é que depois tudo passa.
afago no tempo
só mais um trago
e eu apago.
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