Arte, porque a vida por si só não deu conta dela mesma





quarta-feira, 11 de setembro de 2013

MENINO MAREJADO DOS MEUS OLHOS


Na minha saudade mora um menino alado,
de cabelo dourado e fronte de sábio, meu conto de fada. 

Na minha saudade mora um menino astrolábio,
que me pousa em sonhos o sorriso secreto com aquele mel só seu de sarcasmo. 

Na minha saudade mora um menino calado,
que tudo transvê com seus olhos oceano profundo de antepassado.

Na minha saudade mora um menino encantado,
de alma pura e eu volta meia procuro por todo lado, e d'outro.

Na minha saudade mora um menino epitáfio,
que me enfeita a lembrança com a sabedoria milenar do abraço.

Na minha saudade mora um menino invisível,
que no ouvido me sopra palavras, surfa em carícias, coisas afáveis de alma amada.

"A gente sempre briga, mas a gente sempre faz as pazes" - e riu.
...último reveillon do resto de nossas vidas...





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