Arte, porque a vida por si só não deu conta dela mesma
terça-feira, 15 de outubro de 2013
CAIXA DE PALAVRAS
Ih! Olha ela, mas que louca!
Disse que ganhou um blog:
Que sou eu sua página!
Que pensa ela? Coisa pouca?
Faço papel
Página
Pincel
poema
porém
pequena caixa pra tuas palavras, confesso, uma pena
aqui
não caberão jóias
como essa assim
tão promessas
pérolas
cálidas
algas
almas profundas
Das águas raras
aqui
tem coisa grande
Nada rasa
Gaivota mergulha
alça vôo
mostra a asa
a que vem
seu bem é bico
se joga anzol
pesca poesia
sem modéstia
sem pança vazia
Ih! Olha ela, mas que louca!
Disse que ganhou um blog
Que sou eu, sua página
Que pensa ela? Coisa pouca?
Faço papel
Página
Pincel
poema
porém
pequena caixa pra tuas palavras, confesso, uma pena
Pode escrever em mim o que quiser posso ser
teu papel
parede
porão de letras
cravejadas de pedras no sapato
mágoa
qualquer
perda
pedra que valha
Pode escrever em mim o que quiser posso ser
teu papel
parede
porão de letras
pintadas de amor no quadro
encontro
qualquer
nariz de palhaço
na gaveta do querer
Repito:
papel
Página
Pincel
poema
porém
pequena caixa pra tuas palavras, confesso, uma pena!
Pega teu lápis e rabisca o mundo!
Que esse sim
gigante
merece
cada letra preciosa
rascunho
ranhura
requinte
reprova, não!
Anda, não demora!
Pega teu lápis, vambora!
Abre o cofre, tua caixa de Pandora!
Escancara teu armário!
AGORA
Sem ladainha
Sem história!
sou pequena caixa pra tuas palavras, contesto, uma sentença!
Rabisca pra toda gente a bagunça do teu quarto!
amores jogados
teu desespero
a cabeceira
teu desamparo
cama embolada
a roupa não lavada à sério à sangue
príncipe ao brejo
ao breve
ao beijo
vazio
porta-retrato
Abre!
a porta
o parto
o pacto
não entulha no sótão à solidão!
Entrega teu relicário pra toda gente?
Joga!
tua frente
teu verso
teu reverso
Joga no Universo!
Cada linha
Cada linda
Cada infinda
enzima tua memória
Entrega teu relicário pra toda gente?
Teu inventário
jóias
inglórias
vitória-regia
jardim do édem, santuário!
Entrega pra gente teu relicário?
Teu cenário
tropeços
trapaças
abraços
vestuário de afetos raros
Entrega pra gente teu relicário?
Teu mostruário
cantos
cartas
contas
colar de coisas mal pagas
Ih! Olha ela, uma louca!
Disse que ganhou um blog
Que sou eu a sua página!
Que pensa ela? Coisa pouca?
Menina, não se poupa!
Já é mulher, tira essa roupa!
Entrega teu relicário e rabisca o mundo então?
sou caixa pequena cheia, confesso, que gratidão!
Faço papel
picado
pipa
paixões
poros
poesia dos porões pipocam pra todo lado!
sou caixa pequena cheia, confesso, que gratidão!
Anel de bodas
da amizade sem tempo
Guardado gratidão
na caixa d'alma
água estaciona nos olhos, confesso
Culpa desnuda
da tua loucura
do teu convite
do teu poema
De tão grande não me saber pequena
Repito:
Abre tua caixa de Pandora!
Arrisca
Rabisca
Desatina
Chove tua arte pro céu
Tua estrela
Tua esteta
Teu fel
teu mel
cada agonia
cada alegria
casa na costura da grinalda e véu da tua poesia.
Rabisca o mundo e inunda com palavras tuas
do chão ao céu
do mar à lua
do ashram ao quartel
Do rock à bossa
o mundo merece te ler nossa
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